O eventual apagão na área de energia pode colocar em risco o crescimento industrial do país, segundo Frederico Reichmann Neto, consultor de negócios da área de energia da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). "Há pelo menos 12 anos não é inaugurada uma grande usina hidrelétrica. No Paraná, a última obra foi a de Salto Caxias (que iniciou operações em 1999 com 1240 MW de potência), mas ela é considerada de médio porte" ,diz. "A situação é preocupante", completa o especialista, para quem também falta um plano de ação organizado pelo governo federal e pelas administrações estaduais para estimular projetos na área de energia.
No Paraná, um dos principais entraves, segundo ele, é a demora na aprovação ambiental para a construção de pequenas centrais hidrelétricas (PCH´s), no estado. A demora na conclusão do zoneamento econômico e ecológico pela Secretaria de Meio Ambiente travou a liberação de novos projetos. Segundo a Associação Paranaense de Geradores de Energia (APGE), há 35 projetos orçados em R$ 1,5 bilhão e com potencial para gerar 500 MW à espera de liberação. Gustavo Ribas, presidente da entidade, diz que esse problema pode tirar o estado do alvo de investimentos nesse setor e deixá-lo dependente da energia gerada por outras regiões.
