A partir de amanhã, aparelhos elétricos com tomadas fora do padrão estabelecido pelo Instituto Nacional de Metro­logia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) não poderão ser comercializados. Lojistas flagrados oferecendo esses produtos poderão ser multados em até R$ 1,5 milhão.

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A padronização das tomadas foi determinada pelo órgão em 2000, quando começou o prazo para que os fabricantes se adequassem.

"Até então não havia nenhuma regra, e cada fabricante usava o plugue que bem entendesse. O índice de acidentes, principalmente choques elétricos e incêndios, era muito alto", diz Alfredo Lobo, diretor de Qua­lidade do Inmetro. Segundo o órgão, havia mais de 12 tipos de plugues e oito tipos de tomadas diferentes. A partir de sexta, só poderão ser vendidos plugues de dois tipos – com dois ou três pinos, conforme a necessidade de isolamento elétrico do aparelho – e com pinos de duas espessuras distintas (4 ou 4,8 milímetros de diâmetro, conforme o aparelho opere com até 10 ampères ou entre 10 e 20 ampères, respectivamente). "A fiscalização é feita pelo Ipem [Instituto de Pesos e Medidas] em cada estado. Há cerca de 700 profissionais em ação", diz Lobo.

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Preços

A regra entrou em vigor primeiro para os fabricantes, e hoje é raro encontrar produtos fora da especificação, afirma Lobo. Segundo o Inmetro, 741.464 tomadas foram fiscalizadas neste ano e 27.840 (3,75%) estavam irregulares. Dos 404.325 plugues fiscalizados, 7.634 (1,89%) também estavam fora do padrão. "Até 6% [de irregulares] é aceitável internacionalmente", diz.

Segundo Lobo, ao restringir a variedade de tomadas, a indústria reduziu os preços em 6%, em média, em relação aos de 2008. Desde 2006, as novas construções de moradia só recebem o "Habite-se" se tiverem o novo padrão. Moradias anteriores a 2006 não serão fiscalizadas, mas o Inmetro recomenda trocar as tomadas. "Isso aumenta a segurança do morador", diz Lobo. Também é possível usar adaptadores, que foram certificados e não representam perigo.