Maior instituição financeira brasileira, o Banco do Brasil (BB) apostou no aquecimento da economia, reduziu a inadimplência e elevou seus ganhos no primeiro semestre. O banco, que atuou como indutor do destravamento do crédito ainda em 2009, conseguiu manter sua posição de liderança e crescer no crédito em ritmo superior a Itaú Unibanco e Bradesco.
No BB, a carteira de empréstimos chegou em inéditos R$ 326,5 bilhões em junho 29,3% mais do que em junho do ano passado. No Bradesco e no Itaú, as carteiras atingiram R$ 263,5 bilhões e R$ 208,6 bilhões salto de 12,4% e 16,3%.
O banco encerrou a safra de resultados das instituições financeiras com lucro de R$ 5,1 bilhões no primeiro semestre (alta de 26,5% em relação a 2009), atrás de Itaú Unibanco e à frente de Bradesco, que lucraram R$ 6,4 bilhões e R$ 4,5 bilhões, respectivamente.
Por outro lado, o BB abriu espaço sobre a concorrência como instituição de maior rentabilidade patrimonial, indicador de retorno ao acionista, de 28,7% Bradesco teve rentabilidade de 23,2% e Itaú, de 20,4%, segundo a consultoria Austin Rating.
O presidente do BB, Aldemir Bendine, afirma que a instituição sentiu um acirramento da concorrência, mas manteve uma participação de mercado de 20,1% no crédito ganha à época da crise em junho de 2009, a participação era de 18,8%. "De fato, aconteceu esse acirramento, mas a gente comemora o fato de que mantivemos nossa participação de mercado. Se a gente conseguir manter isso até o fim do ano, já vai ser uma grande vitória", disse.
O BB planeja investir pesado no financiamento de imóveis. O banco tem como meta se tornar o terceiro maior financiador da casa própria em três anos, atrás de Caixa Econômica Federal e de Itaú Unibanco. Segundo Paulo Caffarelli, vice-presidente de varejo, a ideia é elevar a carteira de R$ 2,1 bilhões para R$ 3 bilhões até o final deste ano.