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Emergentes têm resultados melhores
O levantamento do Pew, um dos mais respeitados institutos de pesquisa dos Estados Unidos, revela um mundo dividido e influenciado pela experiência econômica da última década, pela qual os países emergentes alcançaram resultados muito mais positivos, tanto em termos de geração de riquezas quanto de inclusão social. A crise que estourou em setembro de 2008 é claramente um divisor de águas por acentuar o desequilíbrio de desempenho.
Não por menos, os emergentes têm os melhores indicadores de percepção, seguidos das nações em desenvolvimento. Já entre os ricos, à exceção da Alemanha e dos países fora do epicentro de turbulência, como Canadá e Austrália, a desolação é total.
Na média dos países avançados, 80% dizem que o crescimento da desigualdade é um grande problema e 74% acreditam que o sistema econômico é desigual.
A despeito da preocupação com a inflação, o otimismo é a marca registrada do povo brasileiro quando o assunto é economia, revela pesquisa do Pew Research Center, realizada entre março e maio com mais de 37,5 mil pessoas em 39 países.
Os brasileiros são os mais confiantes, de longe, quanto ao futuro de suas finanças pessoais (88% acham que vai melhorar nos próximos 12 meses), vindo muito à frente dos nigerianos (76%). Também têm a melhor avaliação na América Latina sobre a situação corrente da economia do país (59% acham boa) e a terceira melhor no mundo (atrás apenas das populações da China e da Malásia). Despontam ainda em segundo lugar como os que mais apostam na melhora da atividade econômica daqui a um ano (79%).
Apesar de considerar o tema um grande problema, o Brasil (25% da população) tem com a Bolívia (26%) a melhor percepção global sobre a queda da desigualdade entre topo e base da pirâmide nos últimos cinco anos. Isso ajuda a explicar o fato de os brasileiros confiarem que a próxima geração terá condições econômicas melhores do que a atual: 79% acreditam que os filhos serão mais bem-sucedidos economicamente do que os pais, indicador que só é superado pelo da China (82%).
"Brasil e China surgiram como os países onde há a melhor percepção da opinião pública sobre a economia e as condições pessoais. Isso reflete o desempenho econômico de ambos nos últimos anos, quando houve abertura, aumento do comércio, crescimento robusto e mais emprego", avaliou Richard Wike, diretor associado do Projeto de Atitudes Globais do Pew.
Preocupação
Mesmo assim, o Brasil está dividido quanto aos rumos do país (44% satisfeitos, 55% insatisfeitos). Possivelmente, a explicação seja a manutenção de altos níveis de desigualdade e de privação. Segundo o estudo, 24% dos entrevistados declararam dificuldade para arcar com o sustento em relação à compra de comida, 30%, de vestuário e 31%, de assistência à saúde nos últimos 12 meses.
Também a inflação gera preocupação. De acordo com o levantamento, 83% dos brasileiros temem a alta dos preços.
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