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Apesar das vendas baixas, produção de madeira deve focar no mercado interno

Com o desaquecimento da economia doméstica e sem perspectivas de retomada no curto prazo, a Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci) prevê que em 2016 o setor se voltará ainda mais para o mercado internacional. Para que os resultados positivos alcançados em 2015 se mantenham neste ano, a associação alerta para a necessidade de enxugar custos e procurar por nichos ainda não explorados.

Segundo o superintendente da Abimci, Paulo Roberto Pupo, os Estados Unidos e a Europa costumam ser os maiores compradores em volume físico. Mas há mercado na África e na Oceania, por exemplo. “Mais de 60% da nossa floresta plantada é certificada. Nós temos uma indústria competitiva”, garante Pupo.

Outro conselho é não visar somente as exportações. Mesmo com a retração da demanda interna, não é seguro se voltar só para um mercado, uma vez que o setor é diretamente afetado por mudanças no câmbio. Foi o que fez a Tree Trading, empresa especializada em comercialização de produtos florestais. Apesar de ter uma estrutura focada no exterior, a empresa mantém uma margem de vendas para o Brasil. “Eu sempre comento que focar somente em um mercado não é a melhor forma de operar. Se o mercado doméstico está ruim, vamos deixar uma margem para quando ele voltar a se recuperar”, diz Marcos Tuoto, CEO da Tree Trading.

Para este ano, a empresa prevê ampliação de 35% na receita de suas vendas externas, com a madeira serrada e o compensado, ambos de pinus.

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