Mesmo com uma queda de 84% no lucro líquido do segundo trimestre, o resultado da mineradora Vale, divulgado na noite de quarta-feira (7), agradou ao mercado, que reconheceu o esforço da companhia de evitar perdas maiores em meio à crise global.
A Vale teve lucro de R$ 832 milhões de abril a junho deste ano, contra R$ 6,2 bilhões no trimestre anterior, impactada pela desvalorização do real frente ao dólar sobre a dívida em moeda norte-americana da companhia.
O impacto cambial foi da ordem de R$ 4,172 bilhões, que tem um efeito apenas contábil, já que a empresa tem 10 anos para pagar essas dívidas. Sem esse impacto, o lucro da companhia seria de R$ 5,2 bilhões, o que a Vale classifica de lucro líquido básico.
Em teleconferência com analistas, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, agradeceu a compreensão do mercado e prometeu continuar reduzindo custos da empresa e focando os recursos da companhia em poucos projetos, mas relevantes para agregar valor à companhia.
"Tivemos um sólido desempenho financeiro, apesar do ambiente econômico mundial bastante desafiador e preços em declínios", disse o executivo a analistas."Estamos entregando o que prometemos e vamos continuar buscando o melhor retorno para os nossos acionistas", completou.
Ele informou que a empresa está avaliando adotar o regime de hedge (proteção) cambial utilizando a receita futura da companhia, maior exportadora brasileira, para reduzir o impacto da desvalorização do dólar nos resultados da companhia.
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