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O presidente Lula no lançamento do PAC: apesar da promessa de “Estado indutor”, investimento ficará perto do “piso” em 2024.
O presidente Lula no lançamento do PAC: apesar da promessa de “Estado indutor”, investimento ficará perto do “piso” em 2024.| Foto: Antonio Lacerda/EFE

Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busque ressaltar o papel do Estado nos investimentos e use o ressuscitado Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como principal vitrine dessa ideia, em 2024 o investimento federal deve se manter nos níveis historicamente baixos dos últimos anos.

O Orçamento da União, recém enviado ao Congresso, prevê R$ 69,7 bilhões para esse tipo de despesa no ano que vem, apenas R$ 1,2 bilhão a mais que o "piso" de investimentos determinado pelo novo arcabouço fiscal, correspondente a 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) – metade do que o governo investia anualmente na primeira metade da década passada.

O nível projetado para 2024 é semelhante ao investido em 2021 e 2022 (0,6% e 0,5% do PIB, respectivamente), os níveis mais baixos da série histórica do Tesouro, iniciada em 2008.

Para Sérgio Lazzarini, professor do Insper e autor de dois livros sobre o capitalismo de Estado no Brasil, a presença pública nos investimentos, embora continue sendo forte, perdeu espaço para a iniciativa privada a partir da década de 1990 – primeiro com os ventos liberalizantes, e mais recentemente com o "auxílio" do déficit das contas públicas, que derrubou a capacidade de investimento do governo.

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