Dentro do mercado mundial de alimentos, o segmento que apresenta maior potencial de crescimento é o dos produtos chamados de "premium". E é dentro dessa categoria que o presidente da Agência de Promoção das Exportações (Apex), Alessandro Teixeira, pretende dar maior ênfase na promoção dos produtos brasileiros. "Existe a categoria de commodities, que representa volume e é um mercado importante. Agora, dentro dos alimentos em geral, o Brasil tem um grande espaço para crescer no segmento de alto valor agregado e é onde pretendemos atuar mais", disse Teixeira.
Na promoção dos produtos brasileiros no exterior, a Apex destinou no ano passado R$ 280 milhões, valor que deve fechar 2009 próximo de R$ 400 milhões. Para Teixeira, o Brasil precisa ser mais agressivo na promoção de seus produtos, especialmente de alimentos, setor que notadamente o País é um dos mais reconhecidos do mundo. "Temos que ter o cuidado, no entanto, de conseguir entregar aquilo que prometemos", disse, durante uma coletiva com a imprensa internacional na feira de Anuga, neste domingo.
Sobre a capacidade de o Brasil ser um dos principais fornecedores de alimentos do mundo, Teixeira disse que serão necessários outros players para atender a taxa de crescimento da população mundial. Ele estima que nos próximos 20 anos a população deve crescer a uma taxa anual próxima de 1%. "O Brasil está preparado para atender as novas demandas por alimentos, inclusive do ponto de vista tecnológico e que podem trazer novos tipos de protecionismo no futuro".
Dentro desse crescimento, está o processo de urbanização da China. Apesar da crise, o país continua crescendo a taxas superiores às da média mundial e um número cada vez maior de pessoas estão deixando as zonas rurais e migrando para as áreas urbanas. "Esse é um dos motivos que tornam a China um dos mercados prioritários para atuação brasileira no que se refere à promoção de nossos produtos", disse.