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O Magazine Luiza lançou nesta sexta-feira (8), por ocasião do Dia Internacional da Mulher, um “botão de denúncia” dentro do seu aplicativo para smartphones. Apesar da data estratégica de estreia, a funcionalidade é permanente, e inicia uma revolução no negócio de uma das maiores varejistas do país.

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Acionar o botão de denúncia, localizado no menu de fácil acesso do app, será uma forma de qualquer usuário contatar o 180, Central de Atendimento à Mulher, criada em 2005 pelo governo federal e mantida pela Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres.

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Mais que uma forma de fortalecer a relação da empresa com causas de gênero, o botão marca o início da transformação do aplicativo em uma plataforma que, além de vendas, oferecerá serviços diversos. É um conceito ainda incipiente no Brasil que ficou popularmente conhecido como “super app”.

O formato já é um sucesso principalmente na China, onde o grande “case” é a plataforma WeChat. Com mais de um bilhão de usuários, o aplicativo da Tencent oferece de mensagens a meios de pagamentos – e pode chegar a ser praticamente o único ícone necessário nas telas dos smartphones chineses.

Os planos do Magalu são tão ambiciosos quanto. “Queremos que nosso super app seja uma espécie de portal para a digitalização do brasileiro”, diz Frederico Trajano, CEO da empresa. “Ele só fará real sentido se contribuir para melhorar a vida das pessoas e ajudar a resolver seus problemas.”

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Magalu e as mulheres

Internamente, o Magazine Luiza já oferece um serviço de proteção à mulher desde 2017. Naquele ano, o homicídio de uma funcionária da empresa chocou a presidente do conselho, Luiza Helena Trajano, e estimulou a criação de um canal de denúncia para amparar mulheres que trabalham na empresa. Já foram registradas 189 denúncias de agressão, e as vítimas recebem apoio e orientação de profissional especializada.

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Mais recentemente, no ano passado, o Magalu realizou uma campanha chamada #EuMetoAColherSim, referência ao ditado “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”. A ação vendeu colheres por R$ 1,80 e também estimulava a denúncia de casos de violência de gênero.