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Magalu como serviço

Magazine Luiza lança aplicativo que transforma qualquer varejista em seu revendedor

Fachada do Magazine Luiza com pedestres caminhando na calçada
Magazine Luiza entra em nova fase de transformação digital, com foco nos vendedores (Foto: Divulgação)

O Magazine Luiza anunciou um novo aplicativo, desta vez voltado aos varejistas. O Parceiro Magalu permite que lojistas vendam o portfólio da varejista, uma lista de mais de 4 milhões de produtos. Segundo a companhia, no final de 2018 foi concluído o processo de transformação digital interna, com a digitalização das lojas, que permitiu o lançamento do aplicativo.

“Agora, iniciamos um novo ciclo com a missão ambiciosa de promover a digitalização do Brasil e de seu comércio, melhorando o serviço dos vendedores”, explica Bernardo Leão, Gerente de Novos Negócios do Magazine Luiza.

O novo aplicativo é mais um passo no conceito “Magalu como serviço”, uma espécie de continuação do Magazine Você, primeiro projeto desenvolvido pelo Magalu Labs ­ – o laboratório de inovação da companhia. Na plataforma precursora, o usuário, pessoa física, pode criar gratuitamente sua própria loja online para revender produtos do Magazine Luiza.

Já o Parceiro Magalu tem como foco varejistas que já possuam pontos físicos. Funciona assim: utilizando o aplicativo em um tablet ou smartphone, o lojista tem acesso aos produtos Magazine Luiza e pode realizar a compra para o cliente que está em sua loja, utilizando o próprio sistema do estabelecimento.

O cliente pode escolher entre retirar na loja Magazine Luiza mais próxima ou receber em casa, em até dois dias. Em troca, o vendedor recebe uma comissão que pode variar de 6% a 8%, dependendo da categoria do produto. É preciso ter CNPJ e uma conta bancária de pessoa jurídica.

Para compras com cartão de crédito, um dos requisitos é que a máquina de cartões do estabelecimento seja da Cielo. “O piloto do projeto foi desenvolvido em uma parceria com a Cielo, que topou desenvolver com a gente a solução que precisávamos. Mas estamos conversando com outros parceiros também”, conta o gerente.

Os produtos comercializados são do estoque próprio do Magazine Luiza, mas já se estuda a possibilidade do serviço se estender aos vendedores do Marketplace e seus estoques.

Comunicação visual do aplicativo Parceiro Magalu instalado em fachada de loja, que traz a personagem Magalu e informa que a loja é parceiraEstabelecimentos que utilizarem o Parceiro Magalu poderão ser identificados pela fachada

Por enquanto, o Parceiro Magalu está sendo utilizado apenas por uma rede de materiais de construção, a ABC da Construção. Os testes começaram em março deste ano e tem sido bastante satisfatórios, segundo Leão. É possível, por exemplo, comprar aparelhos de televisão e eletrodomésticos estando em uma das lojas da rede, que não comercializa este tipo de produto.

Ainda não há uma previsão exata para que o serviço esteja operando 100%, disponível para todo varejista que tiver interesse, mas Leão diz que isso deve acontecer muito em breve. Os interessados podem realizar um cadastro inicial pelo site do Parceiro Magalu e nós entramos em contato”, orienta.

A companhia não revela quanto foi investido para o desenvolvimento do aplicativo. O Magazine Luiza tem valor de mercado de R$ 36 bilhões. No primeiro trimestre de 2019, a varejista teve um faturamento de R$ 4,33 bilhões, 19,8% a mais do que no mesmo período de 2018. O lucro foi de R$ 132,1 milhões, 10,4% a menos do que nos três primeiros meses do ano passado.

O primeiro anúncio sobre o aplicativo foi feito ainda na última sexta-feira (31), durante o VTEX Day, evento da plataforma de e-commerce VTEX sobre inovação e mundo digital que aconteceu em São Paulo. Em outras ocasiões, representantes da empresa já revelaram que o grande plano do Magazine Luiza é seguir os mesmos passos do Alibaba, e se tornar um super app, que ofereça todo tipo de serviço, indo além do varejo apenas.

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