Já pensou em pagar sua comanda sem passar pela fila de bares, restaurantes e casas noturnas, usando apenas o celular? Em breve isso se tornará comum. É o que aposta a joint venture entre a startup pernambucana Mobipass e a curitibana Huddling, empresa que investe em empresas em estágio inicial e as ajuda a crescer. Esse é o primeiro de uma série de projetos da empresa voltada ao consumidor final, que já atua com soluções para o mercado corporativo.
O Mobipass funciona assim: o cliente baixa o aplicativo no celular (Android e iOS), que conecta usuários, o software de gestão do estabelecimento e as operadoras de cartão de crédito. Com o aplicativo, é possível consultar em tempo real o que está sendo consumido, bem como pagar a fatura, com poucos cliques. Não há mensalidade para o empresário e a taxa por transação é menor que a da máquina por cartão. Para o consumidor, há uma taxa pela comodidade.
O sistema do Mobipass já está funcionando em três estabelecimentos do Recife e logo outros quatro já usarão o aplicativo. Para trazer o sistema para mais próximo do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a Huddling se associou aos pernambucanos e já chama atenção de empresários de Curitiba. Dentro de um mês, segundo José Godoi Junior, um dos sócios, entre cinco e dez estabelecimentos curitibanos devem começar a ussar o aplicativo há negociações ainda com estabelecimentos de São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e Distrito Federal.
O plano da empresa é fechar o segundo semestre com mais de 50 casas atendidas, em seis cidades do país. "Estávamos desenvolvendo em Curitiba um aplicativo semelhante. Eles estavam avançados no desenvolvimento e nós na parte comercial, portanto fizemos uma joint venture para expandir o Mobipass aos principais centros do país", explica Godoi Junior.
A ideia de criar a Huddling surgiu há quase três anos. Um grupo de amigos tinha interesse no mercado de startups e criou a empresa, que une o investimento com assessoria na gestão do negócio.
Hoje, dez investidores, todos de Curitiba, participam da empresa, que já realiza seis projetos com exceção do Mobipass, todos são voltados ao mercado corporativo. Há, porém, outros dois projetos sendo desenvolvidos com foco no consumidor final: um serviço de assinatura que harmoniza vinhos com outros pratos, além de um projeto voltado a casas noturnas, complementar ao Mobipass.
"Nós não somos uma aceleradora, porque a aceleradora tem um prazo definido. Nós, quando investimos em uma startup, participamos ativamente da empresa", diz Godoi Junior.
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