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O celular já tinha câmera, tocava música e rádio, acessava a internet, começava a usar GPS, sensores de movimento e telas de toque. Quando parecia que todos os limites do hardware tinham sido extintos, o que mais ele poderia ter? "Apli­cativos", definiu a Apple quando lançou a App Store em 2008 e criou o que viria a se tornar o principal ambiente de inovação atualmente.

A ideia de instalar programas no celular não era nova – muitos jovens já baixavam games e adultos usavam Word e Excel em seus Palms e PDAs com suas canetinhas stylus. Mas depois de lançar o iPhone, a Apple percebeu que as pessoas poderiam fazer muito mais com o telefone móvel se ela abrisse o seu sistema a outras empresas e desenvolvedores para que eles criassem novos conteúdos.

Hoje, os aplicativos são vistos como a internet há pouco mais de uma década. As startups mais promissoras, como o Four­square, Instagram, Flipboard e Rovio (que faz o game "Angry Birds"), surgiram criando novas funcionalidades para o celular.

O Gartner estima que as vendas de aplicativos como esses vão somar US$ 15 bilhões neste ano. Para não perder relevância em uma internet móvel, o Google também passou a focar no lançamento de serviços para celulares e tablets e seu Android se tornou o principal rival da Apple neste cenário.

Não é à toa que as vendas deste tipo de celular que roda aplicativo, como o iPhone, também só decolam. No ano passado, foram vendidos cerca de 300 milhões de smartphones no mundo – mais da metade deles, iPhones, Androids e BlackBerrys – um número 72% maior do que no ano anterior. Em 2011, a expectativa é que eles vendam ainda mais, incluindo no Brasil, onde os preços têm caído com uma oferta de modelos já bastante alta.

Crescimento

A aposta da Apple nos aplicativos – repetida no iPad – tem sido um dos responsáveis pelo seu crescimento impressionante. Só de janeiro a março, ela vendeu 4,69 milhões de iPads e 18,65 milhões de iPhones (117% a mais do que no mesmo período de 2010), segundo o balanço divulgado na semana passada. As vendas dos aparelhos renderam à empresa de Steve Jobs uma receita total de US$ 24,67 bilhões, 82% maior do que nos últimos três meses de 2010.

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