Tendência
Aplicativo veio para ficar, diz especialista
Para o consultor tributário da IOB Folhamatic EBS, Antônio Teixeira Bacalhau, o App Pessoa Física é uma ferramenta criada para agilizar e simplificar a vida do contribuinte, mas ainda precisa ser aperfeiçoado. "Vejo isso como um caminho sem volta. Esses aparelhos estão cada vez mais presentes na vida das pessoas", afirma. Segundo ele, a Receita continuará aprimorando o app, que deve se tornar uma tendência principalmente entre os contribuintes mais jovens, que têm muita afinidade com novas tecnologias. Bacalhau não vê problemas em relação à segurança dos dados das declarações feitas em tablets e celulares, mas ressalta a importância de prestar atenção às informações preenchidas e de fazer cópia da declaração.
A possibilidade de declarar o Imposto de Renda (IR) por tablets e smartphones agradou os contribuintes aficionados por tecnologia e novidades, mas especialistas recomendam atenção na hora de declarar o IR por meio dos dispositivos móveis. Embora seja simples e autoexplicativa, a ferramenta m-IRPF ainda tem algumas limitações.
A principal delas é que o m-IRPF não permite o envio de declaração retificadora, diz o consultor tributário da IOB Folhamatic EBS, Antônio Teixeira Bacalhau. Depois de preenchida e enviada a declaração, o contribuinte não pode mais retificar os dados no dispositivo móvel. Neste caso, ele terá de passar a cópia do documento para um computador, baixar o programa e importar os dados para poder retificá-los.
Além da retificação, também é preciso um computador para imprimir e salvar a declaração de 2013 no aparelho para importar os dados, funcionalidade que facilita o preenchimento. "O aplicativo será útil para quem optar pelo modelo simplificado de declaração, no qual o volume de informações prestadas é menor. A declaração completa exige um nível de detalhamento muito grande", afirma Juarez Morona Filho, vice-presidente do Sindicato dos Contabilistas de Curitiba e conselheiro fiscal do Sescap Paraná, que baixou e testou o aplicativo.
Outro ponto que merece atenção especial é o momento de salvar a declaração. Nos dispositivos que usam o sistema Android, as cópias da declaração e do recibo de transmissão ficam armazenadas na pasta "downloads" do aparelho. Mas, nos iPhones e iPads, por exemplo, a armazenagem não é automática após a transmissão dos dados. "É importante guardar uma cópia da declaração, além da cópia impressa, para não correr o risco de perder as informações devido a danos no equipamento, vírus ou outras situações", afirma Bacalhau.
Embora funcione também em smartphones, a própria Receita Federal recomenda o uso do aplicativo apenas em tablets com tela superior a sete polegadas. "Quem não está habituado ao mecanismo de touch desses dispositivos pode encontrar dificuldades no preenchimento. Neste caso, o risco de erros de digitação em relação às declarações feitas no computador é bem maior", diz Morona Filho.
Rascunho
Uma das funcionalidades mais importantes do aplicativo é a possibilidade de salvar um rascunho da declaração que está sendo feita, para que os dados não se percam quando a conexão é interrompida. Após o preenchimento dos campos de identificação, um clique no ícone que fica no canto superior direito da tela permite que as informações sejam salvas na nuvem. É preciso criar uma palavra-chave, de oito dígitos, que dará acesso ao rascunho, inclusive, de outros aparelhos. Depois da primeira vez, a ferramenta salva os dados automaticamente.
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