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Boeing pagará US$ 150 mi a Embraer para encerrar disputa após desistência de fusão
As negociações para o acordo iniciaram em 2020, quando a Boeing desistiu de comprar a principal divisão da Embraer, de jatos comerciais, por US$ 4,2 bilhões| Foto: Pixabay

A Corte Arbitral de Nova York fixou em US$ 150 milhões (cerca de R$ 833 milhões) o valor que a Boeing terá de pagar para a Embraer por ter desistido de uma fusão com a empresa brasileira.

As negociações para o acordo iniciaram em 2020, quando a Boeing desistiu de comprar a principal divisão da Embraer, de jatos comerciais, por US$ 4,2 bilhões.

Na época em que anunciou a desistência do negócio, a Boeing disse que a Embraer não atendia às condições necessárias. Já a Embraer disse que a Boeing estava desistindo do contrato por estar enfrentando dificuldades financeiras.

Dois anos antes, em julho de 2018, as duas empresas anunciaram a criação de uma nova companhia.

O negócio previa que o Boeing ficaria no comando da empresa, com 80% de participação, e a Embraer teria 20% de participação.

Prejuízo

Com a desistência da Boeing, a Embraer deu início a um processo de negociação para reaver parte do prejuízo.

Recentemente, a empresa brasileira informou ao mercado uma estimativa de prejuízo no valor de R$ 980 milhões. Como o acordo corre em sigilo não se sabe se a Embraer pediu algum valor específico para fechar o acordo.

O acordo de US$ 150 milhões foi confirmado pela Embraer nesta segunda-feira (16) por meio de comunicado direcionado aos acionistas e ao mercado.

A Boeing também divulgou nota sobre o caso. A empresa norte-americana disse estar satisfeita com o acordo.

"Estamos satisfeitos por ter concluído o processo de arbitragem com a Embraer. De forma mais ampla, temos orgulho de nossos mais de 90 anos de parceria com o Brasil e esperamos continuar contribuindo para a indústria aeroespacial brasileira", afirmou a Boeing.

As duas empresas ainda se enfrentam em outro processo

Apesar do acordo, as duas empresas ainda se enfrentam em outro processo sobre a aquisição de engenheiros brasileiros pela Boeing. O processo é movido por associações da indústria de defesa do Brasil.

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