O novo Airbus A220-300.| Foto: Airbus/Divulgação

A Airbus renomeou os jatos comerciais CS100 e CS300, da canadense Bombardier, como A220-100 e A220-300, respectivamente, em uma apresentação em sua fábrica em Toulouse, na França, nesta terça-feira (10). O movimento sela o acordo firmado entre as duas empresas em outubro de 2017, quando a Airbus adquiriu 50,01% da operação de aviões comerciais da Bombardier, os CSeries, composta por modelos com capacidade de até 150 assentos.

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A nova nomenclatura alinha os aviões, com capacidade para 110 e 130 assentos, na família completa da Airbus, que até então compreendia aeronaves de 124 (A319) a 544 passageiros (A380). Em comunicado à imprensa, a Airbus informou que a família A220 “complementa perfeitamente a família existente e campeã de vendas A320neo”.

A fabricação dos aviões será feita em Quebec, no Canadá.

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À agência Reuters, David Dufrenois, chefe de vendas dos CSeries/A220, disse que a expectativa é alcançar vendas de “dois dígitos” desses aviões em 2018 e de pelo menos 3 mil unidades nos próximos 20 anos.

Os novos nomes marcam a tomada pela Airbus da divisão de jatos comerciais da Bombardier e coloca mais pressão na Boeing, que desde dezembro de 2017 tenta costurar um acordo similar com a brasileira Embraer, principal concorrente da Bombardier no segmento. No último dia 5, as duas empresas apresentaram um memorando conjunto de intenções em que manifestaram o plano de criar uma joint venture, com participação majoritária (80%) da Boeing, que será responsável por toda a divisão de aviões comerciais da Embraer. A empresa brasileira ficaria com as divisões de jatos executivos e de defesa.

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A futura nova empresa foi avaliada em US$ 4,75 bilhões e deve contar com uma nova marca, ainda não definida. O precedente da Airbus e Bombardier sinaliza algo que o mesmo pode ocorrer com os jatos da Embraer, como a família E190-E2, lançada este ano.