Foz do Iguaçu - Paraná e Mato Grosso do Sul anunciaram ontem reforço na fiscalização sanitária na fronteira com o Paraguai para evitar a circulação do vírus da febre aftosa no Brasil. A medida foi tomada após um foco da doença ter aparecido no departamento de San Pedro, área central do Paraguai, a 130 quilômetros de Mato Grosso do Sul e a 300 quilômetros de Foz do Iguaçu. A entrada de carne e animais vivos do país vizinho está proibida. O último foco de febre aftosa encontrado no Paraná foi em 2005.

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Após os focos serem detectados, o Paraguai suspendeu pelo menos por dois meses a exportação de carne e decretou emergência sanitária. Mais de 800 cabeças de gado serão sacrificadas. A doença foi encontrada em 13 animais da Fazenda Santa Helena, administrada por Silfrido Baumgater, presidente da regional de San Pedro da Associação Rural do Paraguai, segundo o jornal ABC Color.

Como ação para conter a entrada da febre aftosa no Brasil, o Ministério da Agricultura afirmou que aumentará o número de fiscais nas cidades fronteiriças e fará barreiras volantes. Também serão mapeadas propriedades rurais brasileiras que apresentem riscos. Os estados ainda farão ações conjuntas com o Ministério da Defesa.

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Na Ponte da Amizade, ligação entre Brasil e Paraguai, a fiscalização do Ministério da Agricultura, que hoje é feita em um turno de 18 horas, passará a ocorrer 24 horas. O número de fiscais (hoje são três) também aumentará. O Ministério da Agricultura ainda estuda a implantação de um arco sanitário – equipamento de cinco metros com vários bicos por onde caminhões passam para serem desinfetados – na Ponte da Amizade. Outra alternativa seria implantar um rodolúvio (sistema para desinfecção de veículos) e um pedilúvio (para pedestres). Ontem, um caminhão com 24 mil quilos de carne resfriada proveniente de Assunção foi barrado em Foz e teve de voltar ao Paraguai. O reforço na fiscalização também será implementado nas cidades de Santa Helena e Guaíra.

No Mato Grosso do Sul, o número de unidades volantes utilizadas para fiscalizar a entrada de carne do Paraguai passará de dez para 20. O trabalho, que será feito em um raio de 650 quilômetros que compreende 11 cidades da fronteira, terá apoio de policiais e do estado.