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Taxas

Após alteração no compulsório, juros bancários de pessoa física disparam

Após alteração nos depósitos compulsórios, medida anunciada pelo Banco Central no início de dezembro, os juros cobrados pelos bancos em suas operações com pessoas físicas, que haviam atingido a mínima histórica em novembro, voltaram a subir, segundo números divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Banco Central.

De acordo com o BC, os juros bancários médios cobrados dos bancos em suas operações com pessoas físicas avançaram de 39,1% em novembro para 40,6% em dezembro, ou seja, um aumento de 1,5 ponto percentual. Em janeiro, na parcial até o dia 12 deste mês, segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, a taxa subiu mais ainda: para 45,1% ao ano. Ou seja, uma expressiva elevação de 4,5 pontos percentuais frente ao fechamento do ano passado.

"As taxas de juros se elevaram bastante em dezembro e os dados parciais para janeiro mostram continuidade da elevação das taxas. [Na parcial deste mês], a elevação foi expressiva. Tem impacto das medidas macroprudenciais [anunciadas pelo BC no mês passado com relação ao compulsório]", informou Lopes, do BC.

A taxa média de juros dos bancos para todas operações de crédito, por sua vez - o que inclui pessoas físicas e jurídicas - subiu de 34,8% ao ano em novembro para 35% ao ano em dezembro, informou a autoridade monetária. Já a taxa cobrada pelos bancos das empresas operou na contramão em dezembro, quando somou 27,9% ao ano, contra 28,6% ao ano em novembro.

Taxa de captação dos bancos

Os dados do BC mostram que o aumento dos juros bancários foi motivado, também, pela alteração nas regras dos compulsórios, medida que retirou R$ 61 bilhoes da economia - o que impacta nos juros cobrados pelos bancos. A taxa de captação das instituições financeiras, ou seja, quanto os bancos pagam pelos recursos, somou 11,5% ao ano em dezembro. É o maior valor desde fevereiro de 2009, quando estava em 11,6% ao ano.Principais linhas de crédito

Em dezembro, a taxa média dos bancos nas operações com cheque especial de pessoas físicas somou 170,7% ao ano, o maior valor desde janeiro de 2009 (172% ao ano). Com isso, o juro do cheque especial continua sendo um dos mais altos de todas modalidades de crédito.

Para as operações de crédito pessoal com pessoas físicas, a taxa média cobrada pelas instituições financeiras avançou de 42% ao ano em novembro para 44,1% ao ano em dezembro, informou o Banco Central. Para aquisição de veículos, os juros médios das operações somaram 25,2% ao ano em dezembro, contra 22,8% ao ano em novembro. No mês passado, o BC passou a cobrar mais capital dos bancos que operam linhas de crédito com prazo mais longo para compra de veículos.

No caso das linhas de crédito de empresas, a taxa para desconto de duplicata passou de 41,1% ao ano em novembro para 39,1% ao ano em dezembro. Para capital de giro, os juros médios dos bancos foram de 27,3% ao ano em dezembro deste ano, na comparação com 28,2% em novembro.

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