Um dia após rebaixar a avaliação do Brasil, a agência de classificação de riscos Moody’s revisou as notas de crédito de 12 instituições financeiras, além da BM&FBovespa, duas seguradoras e uma resseguradora.
A mudança nas avaliações decorre do rebaixamento da capacidade de crédito do próprio país. Isso porque, na maioria das vezes, a nota de avaliação do país costuma ser o teto da avaliação das empresas, sendo que aquelas com solidez e performance considerada acima da República do Brasil podem ter uma avaliação superior.
O rebaixamento do Brasil implicou na redução das avaliações de risco da BM&FBovespa e dos seguintes bancos: Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil, BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Caixa Econômica Federal, Banco Santander Brasil, Banco Safra, HSBC Bank Brasil, Banco Citibank, ING Bank, Banco Alfa de Investimento e Banco Mizuho do Brasil.
A perspectiva das avaliações, que era negativa, passou a ser estável. Isso sugere que não estão em revisão neste momento, como ocorre com o país.
A agência reduziu ainda as avaliações das seguradoras ACE e Chubb do Brasil, além da resseguradora Munich Re do Brasil.
Rebaixamento
Nesta terça-feira (11), a Moody’s cortou a nota de crédito do Brasil para Baa3, colocando o país no último nível do chamado grau de investimento – atestado de que é um bom pagador de suas dívidas.
Com isso, o Brasil ficou em posição frágil em duas agências de risco. Na Standard & Poor’s, o país também está na última classificação antes do grau especulativo.