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Montadoras

Após demissões, VW investirá R$ 2,5 bi

A Volkswagen anunciou ontem que vai investir R$ 2,5 bilhões no Brasil entre 2007 e 2011. A montadora – que recentemente fechou acordo com sindicatos para demitir 3,6 mil funcionários em São Bernardo do Campo e 700 em Taubaté (SP) – anunciou que os investimentos contemplam a produção de novas famílias de veículos, aumentando seu portfólio, que hoje é de 16 modelos. A Volks não informou como esse valor será dividido entre as três fábricas de automóveis que possui no país.

Em troca dos cortes de funcionários em Taubaté, a montadora se comprometeu a montar nessa fábrica o sucessor do Gol. Em São Bernardo, a promessa é de produzir um novo modelo em 2008 e outro em 2009, além de modernizar as linhas de produção e atualizar as tecnologias de engenharia e manufatura. Especula-se que os dois novos modelos serão uma picape e um novo carro, que ainda está em projeto e cujo nome provisório é "NF". Para a unidade de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, não há previsão de investimentos, por enquanto.

Presidente "paranaense"

Também ontem, mas na Alemanha, a matriz da Volks fez outro anúncio importante para suas operações no Brasil: no fim do ano, o atual presidente da subsidiária brasileira, Hans-Christian Maergner, de 61 anos, vai se aposentar. Em seu lugar, assume o economista alemão Thomas Schmall, de 42 anos. Atualmente, Schmall é presidente do conselho de administração da subsidiária da Volks na Eslováquia, cargo que exerce desde 2003.

Não será a primeira vez que Schmall ocupa um cargo executivo na Volks brasileira. Entre outubro de 2001 e março de 2003, o economista foi o diretor da fábrica da montadora no Paraná. Na época em que Schmall mudou-se para a Eslováquia, já se falava, dentro da Volks, que ele voltaria em breve para o Brasil – mas para ocupar cargos mais altos, o que se confirma agora.

O futuro presidente da Volks do Brasil trabalhava na fábrica paranaense desde abril de 1999, como gerente de manufatura – o que indica uma mudança importante no perfil do comando da Volks brasileira. Maergner, o atual presidente, é oriundo da área de recursos humanos da empresa. Schmall, por sua vez, é um "homem da produção", acostumado a gerenciar projetos de novos veículos.

Schmall está na Volks desde 1991. Nascido em Frankfurt, participou da produção da terceira geração do Golf na sede da empresa em Wolfsburg, na Alemanha. Na mesma fábrica, foi responsável pela implantação dos modelos VW Polo, Seat Arosa e VW Lupo. Entre 1996 e 1999, trabalhou em projetos das subsidiárias do México e da África do Sul.

Fontes ligadas à empresa apostam que a volta de Schmall ao Brasil pode significar tempos melhores para a fábrica de São José dos Pinhais, pela qual o executivo nutre um certo carinho – foi nela que ele conheceu a esposa, a curitibana Luciane Siqueira Schmall, ex-gerente da Audi do Brasil.

Embora esteja praticamente no pico da produção, com cerca de 800 veículos por dia, a unidade convive com a ameaça de demissão de 900 trabalhadores no fim de 2006 ou início de 2007, como parte do mesmo plano de reestruturação que vai cortar 4 mil funcionários das fábricas paulistas da Volks.

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