Após as declarações do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, de que os juros têm que cair, o presidente interino Michel Temer disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que o Banco Central tem autonomia para mexer na taxa de juros. Temer decidiu falar para acalmar o mercado, afirmando que o governo não interfere nas decisões do BC, já que as declarações de Padilha causaram oscilações no mercado.
“O Banco Central tem plena autonomia para definir a taxa de juros. A política monetária tem como prioridade combater a inflação e este é o objetivo central de meu governo”, disse Temer.
Mais cedo, Padilha disse que, embora não haja ingerência no Banco Central, deve haver queda nos juros e isso é algo que Temer deseja. “Se analisarmos todos os indicadores, vamos ver que forçosamente teremos queda nos juros. Isso (queda nos juros) agrada ao presidente. Ele vê com bons olhos se pudermos, com autonomia do Banco Central, corresponder a essa expectativa. Economistas e agências de avaliação estão dizendo. A palavra final é do Banco Central”, disse o ministro, após reunião com empresários do setor agropecuário no Palácio do Planalto.
A declaração do ministro foi dada nesta quarta-feira (20), mesmo dia em que ocorre a primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que fixa a taxa básica de juros, sob o comando de Ilan Goldfajn, novo presidente do BC. A taxa está em 14,25% ao ano, a maior nos últimos dez anos. Ao deixar escapar sua visão sobre juros, o ministro poderia levantar dúvidas sobre a autonomia do BC, defendida pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ao fazer o convite para Goldfajn assumir a autoridade monetária.
Como a PF costurou diferentes tramas para indiciar Bolsonaro
Cid confirma que Bolsonaro sabia do plano de golpe de Estado, diz advogado
Problemas para Alexandre de Moraes na operação contra Bolsonaro e militares; assista ao Sem Rodeios
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião