Numa sessão marcada pela volatilidade, o dólar caiu ante o real nesta sexta-feira (26), acompanhando a melhora no apetite por risco internacional após o discurso do chairman do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke.

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A moeda norte-americana fechou em queda de 0,40%, para 1,6046 real na venda, após ter oscilado entre baixa de 0,68% (1,6000 real) e alta de 0,355 (1,6166 real).

No mesmo horário, o índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta de divisas, caía 0,7 %, em meio à alta do euro e de outras divisas de perfil semelhante ao real, como os dólares australiano e canadense.

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"O dólar hoje ficou bem em linha com o exterior", resumiu o diretor da Pioneer Corretora, Reinaldo Bonfim. "Abriu em leve queda, depois ficou perto da estabilidade, deu uma 'estressada' logo após o Bernanke, mas depois se acomodou em baixa, ao mesmo tempo em que as bolsas subiam", acrescentou.

Após dias de expectativa, o mercado monitorou de perto das declarações de Bernanke na conferência anual do Fed, em Jackson Hole, nos EUA. No tão aguardado discurso, ele não sinalizou medidas iminentes para impulsionar a atividade, mas reiterou que o foco da política monetária ainda é induzir uma recuperação mais forte .

Para o operador da Hencorp Commcor Corretora Rafael Dornaus, chamou atenção o fato de Bernanke ter anunciado que a próxima reunião de política monetária do Fed, em setembro, terá dois dias, em vez de um. "Isso criou expectativa de que o Fed possa ampliar as discussões e possivelmente decidir anunciar alguma medida à frente", afirmou.

Em Nova York, também com os mercados bastante voláteis, as bolsas de valores conseguiram fechar com altas superiores a 1%, mesmo movimento do Ibovespa. Já o índice de volatilidade da CBOE, considerado termômetro do nervosismo dos investidores, despencou mais de 10 por cento.

Na próxima semana, os mercados vão continuar atentos ao noticiário macroeconômico norte-americano, principalmente ao relatório geral de emprego nos Estados Unidos, cuja divulgação está prevista para sexta-feira. A alta taxa de desemprego é um dos principais indicadores da fraca recuperação do país.

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