Nova usina será construída rio acima da hidrelétrica de Mauá, no Rio Tibagi| Foto: Josue Teixeira/Gazeta do Povo

Única hidrelétrica a participar do 23º leilão de energia nova A-5, realizado nesta sexta-feira (29), a Usina de Santa Branca foi arrematada pela empresa HSBSA. A energia da usina foi vendida por R$ 150 por megawatt-hora (MWh), deságio de 23% em relação ao preço máximo de R$ 195 por megawatt-hora (MWh) estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) com base no custo do projeto, estimado em R$ 400 milhões.

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Planejada para o Rio Tibagi, na região dos Campos Gerais, a Usina de Santa Branca terá duas turbinas e capacidade máxima de 62 megawatts (MW), potência capaz de abastecer cerca de 180 mil pessoas. Com garantia física de 35,1 MW médios, a hidrelétrica deve ser construída rio acima da central geradora de Mauá (361 MW).

A última hidrelétrica do estado a ser leiloada foi a Usina Baixo Iguaçu, em 2008. Entretanto, após uma série de atrasos e embargos em decorrência de problemas com a concessão das licenças ambientais, as obras tiveram início somente em 2014.

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Leilão

Após três horas de duração, o 23º leilão de energia nova A-5 terminou com a contratação de 201,8 megawatts-médio (MWm) em projetos hidrelétricos, eólicos e térmicos – sendo 158,1 MWm em garantia física. O preço médio de venda do leilão ficou em R$ 198,59 por MWh. No total, o leilão A-5 negociou um montante de R$ 9,7 bilhões. A energia contratada no leilão desta sexta-feira (29) será entregue a partir de 1° de janeiro de 2021.

No total, apenas sete distribuidoras participaram do leilão de energia nova, entre elas a Companhia Paranaense de Energia (Copel). A Copel Distribuição contratou 9.863 MW e foi a terceira maior compradora no leilão desta sexta-feira, com uma fatia de 20% do toda energia comercializada. A Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina) foi a maior compradora do leilão, com 27,5% do total.