Após apresentar a maior queda desde a crise de 2008, a produção da indústria reagiu e voltou a crescer em março, com alta de 0,7% na comparação, livre de influências sazonais (típicas de cada período), com fevereiro.
De janeiro para fevereiro, a produção havia recuado 2,5%, o maior tombo desde dezembro de 2008, auge da crise global. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em relação a março de 2012, houve recuo de 3,3%, depois de uma queda de 3,2% nessa mesma base de comparação em fevereiro. O resultado ficou abaixo da expectativa do mercado. Segundo pesquisa da agência de notícias Reuters com analistas, a expectativa era de que a produção industrial crescesse 1,3% em março sobre o mês anterior e caísse 2,1% sobre um ano antes.
O índice acumulado em 12 meses encerrados em março registrou queda de 2%. Já o acumulado de janeiro a março ficou negativo em 0,5%, segundo o IBGE.
Produção industrial avança em 13 de 27 setores
A produção industrial avançou no mês de março em 13 dos 27 ramos investigados pelo IBGE. O destaque ficou com o setor de veículos automotores, que cresceu 5,1% naquele mês em relação a fevereiro. Dessa forma, o setor eliminou parte da queda de 8,1% verificada em fevereiro ante janeiro.
Também apresentaram resultado positivo os setores de refino de petróleo e produção de álcool (3,3%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (11,9%), bebidas (4,6%), fumo (33 4%), mobiliário (11,0%) e borracha e plástico (2,7%).
Em contrapartida, apresentaram resultados negativos os setores de alimentos (-2,7%), com a segunda queda consecutiva, outros equipamentos de transporte (-5,0%), produtos de metal (-4,4%), diversos (-7,3%) e outros produtos químicos (-1,0%).