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Depois de seis pregões consecutivos de queda, quando acumulou 4,10% de perda, o dólar comercial voltou a se valorizar diante da moeda brasileira nesta quarta-feira (7). A divisa terminou o dia vendida a R$ 1,776, em alta de 1,31%.

Nesta quarta, porém, pesou mais o ambiente de aversão a risco no exterior. Entre os motivos para a cautela no mercado internacional - que vinha registrando máximas em vários meses nas ações -, estava a preocupação com a Grécia, que voltou mesmo com a definição de um pacote de ajuda pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

A diferença entre os juros pagos pela Grécia e pela Alemanha para captar dinheiro no mercado atingiu recorde desde a criação do euro depois que o ministro das Finanças do país, George Papaconstantinou, revelou que os bancos gregos pediram ao governo por mais suporte financeiro.

"O dólar está tendo uma pequena correção dessa queda muito rápida (dos últimos dias)", disse Arnaldo Puccinelli, gerente de mercados financeiros da corretora Terra Futuros.

Durante o declínio das últimas sessões, os estrangeiros vinham vendendo dólares com intensidade no mercado futuro. No final de terça-feira, eles exibiam US$ 2,365 bilhões em posições vendidas na moeda norte-americana nos mercados de dólar futuro e cupom cambial. No fim de março, eles tinham posição comprada de US$ 1,216 bilhão.

A perspectiva, porém, ainda é de que a entrada de dólares no país vai continuar firme no curto prazo. No forno estão emissões de dívida - como os bônus do Itaú Unibanco, estimados em US$ 1 bilhão - e ofertas de ações - como a venda de até cerca de R$ 2 bilhões de reais em papéis da produtora de carnes JBS.

Em março, o Brasil já teve o mês com maior entrada líquida de dólares desde novembro, com US$ 2,114 bilhões. No ano, o país tem fluxo positivo de US$ 2,792 bilhões.

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