Dólar volta a cair e fecha em R$ 2,632

As declarações de compromisso fiscal de Joaquim Levy reduziram a pressão sobre o câmbio nesta terça-feira. Assim, depois de ter subido na véspera, o dólar voltou a cair.

A moeda americana à vista, referência no mercado financeiro, teve desvalorização de 1,12% sobre o real, para R$ 2,632 na venda. É o menor valor desde 10 de dezembro do ano passado, quando estava em R$ 2,611. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, recuou 1,01%, para R$ 2,640.

O Banco Central deu continuidade às intervenções diárias no mercado de câmbio, vendendo 2.000 contratos de swaps cambiais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro). Foram vendidos 500 contratos para 1º de setembro e 1.500 para 1º de dezembro, pelo total de US$ 98,2 milhões.

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Depois de ter subido até 1,66% ao longo desta terça (13), o principal índice da Bolsa brasileira perdeu força durante a tarde, acompanhando o desempenho do mercado americano, e fechou no zero a zero.

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A alta do índice mais cedo refletiu a repercussão positiva da fala do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmando que haverá ajustes de impostos, sem ser específico.

O ministro defendeu que a decisão de preços dos combustíveis pela Petrobras deve seguir uma "avaliação empresarial", deixando implícita uma orientação de menor interferência política nesse processo. A afirmação beneficiou os papéis da estatal.

O Ibovespa encerrou o dia perto da estabilidade, com leve desvalorização de 0,2%, para 48.041 pontos. O volume financeiro foi de R$ 6,746 bilhões.

As ações preferenciais da Petrobras, sem direito a voto, subiram 1,01%, para R$ 9 cada uma. Já os papéis ordinários da companhia, com direito a voto, ganharam 0,68%, para R$ 8,83.

Lá fora

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No exterior, as Bolsas dos EUA caíam, refletindo resultados de empresas e mais uma baixa no preço do petróleo. Às 17h40 (de Brasília), o contrato do barril de petróleo mais negociado em Londres (Brent) cedia 1,96%, para US$ 46,50. Em NY, o barril de petróleo WTI tinha baixa de 0,26%, para US$ 45,95. Ambos estão em seu menor nível desde 2009.

Ações do setor elétrico fecharam no azul, após a notícia de que o Tesouro Nacional não fará aportes ao segmento neste ano e que os gastos serão custeados pelo consumidor, na forma de aumento da conta de luz. Por causa disso, o consumidor poderá ter dois aumentos em sua conta apenas este ano - um ordinário e outro extraordinário.

"É um sinal de realismo tarifário, de comprometimento com os ajustes fiscais. A ideia é que todos os gastos sejam repassados ao consumidor, o que deve pressionar a inflação, mas é fator positivo para a Bolsa e ao setor elétrico", avalia Eduardo Velho, economista-chefe da gestora INVX Global Partners.

Em alta

Entre as maiores altas do setor, a CPFL Energia ganhou 3,13%, para R$ 18,14, e a Cesp subiu 1,63%, para R$ 25,01. Já a ação preferencial da Eletrobras registrou valorização de 1,42%, para R$ 7,86.

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Os mercados internacionais também subiram mais cedo após dados comerciais da China em dezembro terem superado as expectativas. O país registrou um superavit comercial de US$ 49,6 bilhões no mês, menor do que o recorde de novembro, de US$ 54,5 bilhões.

As importações chinesas de minério de ferro bateram um novo recorde em 2014, saltando 13,8%, para 932,5 milhões de toneladas. A China é o principal destino das exportações da mineradora brasileira Vale. Diante disso, as ações preferenciais da companhia fecharam em alta de 0,86%, para R$ 19,95 cada uma.