Depois do tombo registrado em 2012, a Companhia Paranaense de Energia (Copel) fechou o ano passado com lucro líquido de R$ 1,1 bilhão, resultado 51,6% maior em relação ao ano anterior, mas dentro da média histórica verificada entre 2007 e 2011. Em 2012, a estatal teve lucro de R$ 726,5 milhões, queda de 38,3% sobre o desempenho do ano anterior.
A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) totalizou, em 2013, R$ 1,82 bilhão, resultado 18,1% maior que o R$ 1,54 bilhão registrado em 2012.
No último trimestre de 2013, a companhia teve lucro líquido de R$ 178 milhões, revertendo prejuízo de R$ 97 milhões registrado no mesmo período um ano antes. O Ebitda, nesse período, somou R$ 262 milhões, mais de quatro vezes acima do registrado no último trimestre de 2012.
O balanço mostra ainda que o endividamento da estatal quase triplicou de 2009 para cá, tendo fechado 2013 com R$ 4,5 bilhões em dívidas de curto e longo prazo. Apesar disso, o mercado recebeu bem o balanço de 2013 da companhia. Ontem, após a divulgação dos resultados, as ações da Copel subiram 3,68% e fecharam o pregão cotadas a R$ 25,90.
Redução de custos
Segundo o presidente da Copel, Lindolfo Zimmer, o resultado positivo é reflexo de um esforço conjunto das áreas de geração e distribuição para reverter os números negativos de 2012. "A área de distribuição colocou em prática um plano consistente de recuperação que reduziu em R$ 111 milhões os custos operacionais em relação ao ano anterior. Além disso, a demanda por energia cresceu 9,6%, puxada principalmente pelo setor industrial", explicou.
A área de geração também apresentou resultado positivo, com a venda de parte da energia no mercado de curto prazo, cujo preço atual está em R$ 822 o megawatthora.
"O plano de reestruturação da área de distribuição apresentado para a Aneel vai até 2025 e inclui a revisão e a otimização de todos os processos da área com foco na redução de custos e aumento da produtividade. Se considerada a inflação do período, a redução de custos em 2013 foi de 13%", explicou Vlademir Santo Daleffe, diretor-presidente da Copel Distribuição. Segundo ele, a área recebeu R$ 900 milhões em investimentos em 2013, incluindo recursos recordes na área de tecnologia.
A Copel pretende investir até R$ 2,6 bilhões em 2014, sendo R$ 1,3 bilhão em geração e transmissão.
Colaborou Cristina Rios