Após três dias de paralisação, os 27 mil trabalhadores da obra da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, encerraram greve iniciada na manhã de terça-feira (26). Em assembleia nesta sexta, os funcionários aceitaram a proposta que o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) havia apresentado no início da paralisação: reajuste salarial de 11% (os trabalhadores pediam 15%), além de correção de 12% na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e 30% na cesta básica.
Em nota, o CCBM informou que vai abonar os três dias trabalhados. Também disse que a greve não comprometeu o andamento da obra. Em maio deste ano, houve outra paralisação, promovida pela central Conlutas, também por melhoria salarial.
Operação
Quando alcançar operação plena, prevista para 2019, Belo Monte terá capacidade instalada de 11,2 mil megawatts (MW), a terceira maior do mundo, atrás de Três Gargantas (China) e Itaipu (Brasil/Paraguai). O custo oficial da obra é de R$ 27,3 bilhões. Com as várias paralisações e alterações de projeto, estima-se que esse valor ultrapasse R$ 30 bilhões.