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Taxas de juros para pessoa física recuam desde o início do ano passado. Confira |
Taxas de juros para pessoa física recuam desde o início do ano passado. Confira| Foto:

As taxas de juros para o consumidor voltaram a subir em abril, depois de três meses de queda, apesar da redução na inadimplência, que chegou ao menor nível desde o final de 2005.Segundo pesquisa do Banco Central divulgada ontem, a taxa média de juros ao consumidor passou de 41% para 41,1% ao ano. Houve alta no cheque especial (de 160,3% para 161,3% ao ano) e no crédito pessoal (42,7% para 42,9%), entre as principais modalidades pesquisadas. Apesar disso, os números são bem menores quando comparados ao início do ano passado.O aumento atual se deve ao custo de captação dos bancos, que está sendo impulsionado pelo aumento recente da taxa básica de juros e pela expectativa de que a Selic continue subindo até o fim do ano.

Esse efeito anulou o impacto positivo da queda da inadimplência sobre o mercado de crédito. Os pagamentos atrasados representam hoje 5% do total (pessoa física e jurídica), o melhor resultado desde março do ano passado. Para o consumidor, caiu de 7% para 6,8% (menor desde dezembro de 2005).

O "spread" bancário, que é a parcela que embute custos, riscos e lucros, caiu 0,2 ponto percentual para o consumidor. Para as empresas, caiu 0,3 ponto. Os juros para pessoa jurídica ficaram estáveis em 26,3% ao ano. A inadimplência ficou em 3,6%.

O indicador que reúne pessoas físicas e jurídicas apontou alta nos juros, de 34,2% para 34,3% ao ano. Apesar da queda de 0,2 ponto no "spread", houve alta de 0,3 ponto no custo de captação. O crédito para o consumidor avançou 20%. Para empresas, cresceu 15,7%.

Redução

Para o economista da consultoria Tendências Alexandre Andrade, há pouco espaço para a redução da inadimplência. O movimento da Selic é de alta até o fim do ano (a média dos analistas prevê taxa a 11,75% em dezembro), o que acaba alimentando as incertezas dos bancos sobre a inadimplência, uma vez que os empréstimos vão ficando cada vez mais caros, diz Andrade. Quando sobe o risco de calote, aumentam os "spreads". "Num contexto de aumento de juros, é normal que haja incertezas nas condições de pagamento das pessoas. Esse movimento de redução dos "spreads" deve ser revertido até meados do ano", afirmou.

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