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Após vender varejo para o ItaúUnibanco, Citi quer crescer 40% com foco em empresas

O objetivo é crescer 40% nos próximos anos, consolidando a filial  brasileira como a quinta maior do grupo no mundo. | Chris Hondros / AFP
O objetivo é crescer 40% nos próximos anos, consolidando a filial brasileira como a quinta maior do grupo no mundo. (Foto: Chris Hondros / AFP)

Um ano após começar a operar com uma nova estrutura no Brasil, depois de vender o negócio de varejo para o Itaú Unibanco, o Citi traçou um plano para ocupar mais espaço no mercado financeiro local como um banco de atacado (com foco principalmente em empresas). Seu objetivo é crescer 40% nos próximos anos, consolidando a filial como a quinta maior do grupo no mundo.

“Temos espaço grande para ocupar no atacado. Em 2017, reforçamos nosso time de banco de investimento. Dos dez lançamentos de ações este ano, participamos em seis”, destaca Marcelo Marangon, presidente do Citi.

Do lado do crédito, o Citi prevê, assim como o setor bancário, aceleração do crescimento no próximo ano em meio à retomada dos empréstimos pelas empresas. Com uma carteira de US$ 13 bilhões, o Citi espera elevar este saldo entre 7% e 9% em 2019.

O cenário mais otimista para o crédito tem como pano de fundo um ambiente mais saudável para emprestar no Brasil, com o pior momento de inadimplência das grandes empresas superado, conforme ele. O executivo não dá detalhes, mas o nome do Citi não foi visto em grandes reestruturações de dívidas como as da Oi, JBS e Odebrecht. Embora o banco “ganhe” por estar de fora, também deixa de computar receitas com a recuperação dessas companhias, que estão vendendo ativos e buscando novos caminhos para voltar a crescer no Brasil. “Temos uma disciplina de crédito muito forte e conseguimos antecipar a grande maioria das reestruturações”, diz Marangon, sem dar mais detalhes.

De olho nos IPOs e fusões e aquisições

Com muitas operações corporativas migrando para o mercado de capitais em meio ao cenário de juros baixos no país, o Citi também quer reforçar sua presença junto aos clientes na estruturação de emissões de dívida e de ações. Para 2019, Marangon espera que o Brasil seja palco de 20 a 30 ofertas de ações entre iniciais (IPO, na sigla em inglês) e follow-ons (subsequentes). O mercado externo mais negativo complica o contexto, segundo ele, mas se o novo governo executar as reformas como se espera, o Brasil pode se diferenciar entre os mercados emergentes.

Assessor de grandes negócios como Embraer e Boeing e Eneva, geradora de energia fundada por Eike Batista, o Citi espera um horizonte grande de negócios para 2019 na área de fusões e aquisições. Por ora, já conta com 11 mandatos em execução.

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