O app de relacionamento Poppin, dos sócios Guilherme Ebisui e Filipe Santos, começou a ser testado há dois anos e foi lançado oficialmente em junho de 2017, já com 100 mil usuários. Inspirado em soluções como o Tinder, ele vem com uma outra resolução de problema, a de garantir o primeiro encontro. Agora com uma base de 500 mil usuários e após uma terceira rodada de investimentos, a startup está avaliada em R$ 9 milhões.
Em setembro, o Poppin recebeu um aporte de R$ 900 mil dos investidores João Appolinário e Camila Farani, durante participação no reality Shark Thank Brasil, do Canal Sony, em troca de 10% da startup. O valor soma-se aos R$ 2,2 milhões levantados em rodadas anteriores, que teve a participação dos fundos Eclipseon e Duxx Investimentos e da aceleradora Ace. O dinheiro será usado para a expansão e consolidação do aplicativo no mercado nacional e no desenvolvimento de tecnologia e produto.
O Tinder, maior aplicativo de relacionamento do mundo, revelou em 2017 que apenas 0,5% dos “matches” — quando duas pessoas declaram gostar uma da outra no app — viram um encontro na vida real. A ideia do Poppin é elevar esse índice. Por meio de atividades e eventos em comum, o app conecta pessoas que gostam de fazer as mesmas coisas e sair para os mesmos lugares.
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Na prática, o Poppin mostra os eventos da cidade e o usuário pode confirmar presença. Em seguida, ele apresenta perfis apenas de quem também confirmou presença no mesmo evento e é possível curtir secretamente aqueles que são de interesse. Se der match, as pessoas podem iniciar uma conversa pelo aplicativo e combinar detalhes. “O encontro já está marcado. Nosso foco é o que vem depois do match, é o offline”, diz Ebisui.
O Poppin está presente em todo o país, com maior força no Sudeste e Sul, e tem a maioria dos usuários na faixa dos 18 aos 30 anos. A plataforma tem parceria com mais de três mil eventos e agências de entretenimento brasileiros, que foram cadastrados no app e por sua vez contribuíram com o crescimento orgânico da plataforma ao divulgá-la em suas mídias sociais.
O negócio, porém, ainda não gera lucro. “Estamos seguindo uma estratégia comum aos players do segmento, de primeiro assegurar uma base com milhões de usuários, para então começar a monetizar. Se o app monetiza antes corre o risco de estagnar o crescimento”, explica Ebisui. O empresário acredita que o app atinja seu primeiro milhão de usuários em meados de 2019.
Para isso, o Poppin apostou na atuação em duas frentes de mercado, como as que hoje fazem do Tinder um player que fatura R$ 600 milhões, com objetivo de atingir semelhante patamar. “Em uma das frentes, de muito interesse do usuário, é a opção de algumas funcionalidades pagas, como impulsionar perfil para ser mais visto e conseguir mais likes e matches ou ver quem curtiu antes de dar o match, por exemplo. A outra é trabalhar com publicidade dentro do aplicativo”, conta Santos.
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O Poppin pretende ainda aumentar sua base ao atingir um nicho maior de público, de pessoas que têm vida social ativa e gostam de sair, de um modo geral, ao testar mais funcionalidades. Além de eventos, a plataforma tem novas abas, como “sair para comer”, “passear no parque” e “ver um filme”. “Com isso, atendemos a mais perfis e fazemos uma solução que atinge um mercado bem maior.”
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