O mais novo contratado da Apple nem sequer sabe se seu cargo tem nome e já disse que não se comprometerá a trabalhar em tempo integral na sede da empresa. Mesmo assim, a criadora do iPhone aposta em Jimmy Iovine, cofundador da Beats, para guiá-la num dinâmico e disputado mercado de música.
O veterano da indústria fonográfica se junta à Apple como parte da aquisição de US$ 3 bilhões da fabricante de equipamentos de áudio e transmissão de música Beats. O "ouvido" de Iovine para música e sua experiência na indústria do entretenimento são valiosas para a Apple, disse o vice-presidente-sênior de softwares e serviços para internet, Eddy Cue, nesta quarta-feira (28).
"A música está morrendo do modo como a conhecemos. Ela não tem crescido da maneira que todos queremos que ela cresça", disse Cue, ao lado de Iovine numa conferência de tecnologia no sul da Califórnia.
Junto ao rapper e cofundador da Beats, Dr. Dre, Iovine chega à Apple num momento em que serviços de transmissão como Pandora e Spotify estão ganhando popularidade. A expectativa é de que os serviços de transmissão eventualmente ofusquem os downloads de músicas oferecidos pela loja iTunes da Apple.
O serviço de música por assinatura da Beats havia obtido 250 mil usuários em seus três primeiros meses de disponibilidade, segundo Iovine, um número relativamente modesto em comparação aos 10 milhões de assinantes pagantes do Spotify.
"Temos que acertar este modelo. Não sabemos o modelo exato ainda, mas temos que colocar esteróides nessa coisa e fazer isso rápido", disse Iovine.
Iovine, de 61 anos, é mais conhecido como fundador da Interscope Records, casa de artistas como Eminem e Lady Gaga. Ele disse que existe há muito tempo uma distância entre o Vale do Silício e Hollywood, que a Apple e a Beats buscarão consertar.
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