Novo MacOS tem mais recursos
Boa parte da hora e meia em que vendeu seu peixe na conferência, Jobs usou para falar da nova versão do sistema operacional Mac OS X, cognominada Leopard, que também deverá chegar em outubro e custará US$ 130 nos Estados Unidos. O sistema vem com uma área de trabalho mais turbinada e novos meios de encontrar arquivos e documentos com ícones mostrando uma pré-visualização do conteúdo do arquivo. O localizador do sistema ficou mais elegante, com a conhecida barra lateral agrupando os assuntos por categoria lugares no computador, dispositivos conectados (iPods, HDs...), computadores compartilhados e assim por diante.
O conceito já presente no Linux de vários desktops está na função Spaces, que permite abrir assuntos de trabalho numa área, jogos noutra e e-mail numa terceira, se o usuário preferir.
O iChat ganhou mais recursos de videoconferência. Os usuários podem se ver, mas também examinar fotos e arquivos um do outro. E a função Time Machine faz rapidamente cópias de segurança de arquivos em discos rígidos externos. Finalmente, o e-mail do Leopard vem agora com templates para as mensagens, permitindo criar convites, cartões e outros penduricalhos.
Rio de Janeiro Steve Jobs aproveitou a conferência mundial de programadores da Apple semana passada em São Francisco para lançar uma versão Windows de seu navegador web Safari. A versão do browser que suporta os dois sistemas já está em beta no site da empresa, em www.apple.com/safari. A iniciativa, aparentemente, representa um desafio à Microsoft um artigo na CNet, empresa de mídia especializada em tecnologia, pergunta, por exemplo, se Jobs planeja um assalto ao Windows no desktop. O navegador só terá sua versão final lançada em outubro próximo e rodará nos sistemas Windows XP e Vista. Pelo jeito, vai muito bem o "casamento" com Bill Gates a que Jobs, brincalhão, se referiu no histórico encontro dos dois há algumas semanas.
Jobs disse ainda que a Apple permitirá que desenvolvedores externos criem aplicativos, a partir do Safari, para o iPhone. Com isso a empresa reviu sua posição anterior de não permitir que o browser aceitasse outros softwares por alegadas razões de segurança.
O anúncio do browser Mac para "pecezeiros" (é assim que os macmaníacos chamam os usuários de PCs) não parece ter gerado muito burburinho. Falando à própria CNet, o webmaster do site Cult of Mac, Leander Kahney, soltou este petardo de mau humor: "Ora, o Safari é uma porcaria. Um monte de usuários de Mac não o roda. Eu sou um deles. Por que alguém iria querer rodá-lo no Windows?"
Investida na tevê
O CEO da Apple não se pronunciou sobre reportagens recentes que mencionaram que a Apple negocia com estúdios de cinema de Hollywood a criação de um serviço de aluguel de filmes online. O negócio colocaria a empresa diretamente em concorrência com empresas de tevê a cabo ou via satélite. (E ela já tem seu sistema Apple TV, que visa a ligar televisores à internet.)
Segundo o jornal Financial Times, o aluguel online de filmes sairia a US$ 3 por 20 dias. Um software gerenciador de direitos autorais digitais da própria Apple permitiria ainda a transferência de filmes do computador para pelo menos mais um aparelho, como o iPod Video ou o iPhone.
A Apple já vende filmes que podem ser baixados online e tem inclusive um contrato com a Walt Disney e com a Paramount. Outros estúdios, no entanto, não quiseram saber da idéia, temendo que o negócio afete as vendas de seus DVDs. Em compensação, recentemente o Google permitiu que os vídeos online do serviço YouTube ficassem disponíveis a partir do sistema Apple TV.
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