Depois de anos de especulação, a Apple detalhou nesta segunda-feira (9) como fará sua entrada no mercado de produtos vestíveis, com o lançamento de um relógio inteligente. O Apple Watch representa a primeira linha de produtos realmente nova que a companhia lança desde a morte de Steve Jobs, em 2011.
A proposta do relógio é poupar tempo. O aparelho, ao ser sincronizado com o iPhone 5 ou modelos posteriores, mostra notificações de aplicativos, e-mails e condições de trânsito. E, claro, a hora. Enquanto isso, o celular pode continuar no bolso.
O Apple Watch permite também receber ligações, falando por meio de um microfone. “Eu queria fazer isso desde os cinco anos”, brincou Tim Cook, presidente-executivo da empresa, durante a apresentação em um centro de convenções de São Francisco (EUA).
Apps populares como Uber, Twitter, Shazam e Instagram já desenvolveram versões para o Apple Watch. A interação com o relógio é feita por meio do toque na tela, girando a “digital crown” (“coroa digital”), um botão de rolagem localizado na lateral, e por meio de leves “tapinhas” no pulso ao receber uma notificação.
Saúde é um dos pontos fortes do relógio. Ao manter um registro dos níveis de atividade física, ele sugere metas semanais de exercícios e informa quando é hora de levantar da cadeira.
O aparelho estará disponível para pré-venda pela internet em nove países a partir de 10 de abril. O Brasil não entrou na lista e ainda não há previsão de chegada do produto por aqui.
Mercado de luxo
Com o Apple Watch, a companhia mira em um mercado de maior sofisticação: uma “degustação” do relógio, por exemplo, poderá ser feita na Galeria Lafayeté o tte, centro de compras famoso de Paris, a partir de 10 de abril. Os preços refletem a aposta e têm muitas variações, algo que não é comum para a companhia de tecnologia
Nos Estados Unidos, o modelo mais barato, em alumínio, sai por US$ 349 (R$ 1.080). O valor depende do material (alumínio, metal ou ouro), da espessura (38 mm ou 42 mm) e do bracelete (do couro ao metal). A parte técnica é a mesma. A previsão do mercado é que entre 20 e 30 milhões de unidades sejam vendidas só no primeiro ano.