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O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, afirmou nesta segunda-feira que o governo ainda acredita que o país poderá crescer 4% neste ano, mas reconheceu que somente no longo prazo o Brasil poderá atingir taxas de expansão semelhantes a de outros emergentes.

- O Brasil fez um processo de estabilização distinto dos demais emergentes, num timing diferente... certamente no longo prazo a tendência é de que o país volte a alcançar ritmos de crescimento compatíveis com os demais países (emergentes) - disse a jornalistas após evento no Rio de Janeiro.

O secretário acrescentou que a projeção do governo para o crescimento será reavaliada, como é feito bimestralmente, mas ainda acredita em uma expansão de 4%.

- O número exato vai ser fixado nos próximos dias, com tranquilidade. Não é impossível os 4% - acrescentou.

Appy admitiu que houve um aumento de gastos públicos, mas classificou como natural.

- O governo tem compromisso claro de cumprir o superávit primário neste ano e no próximo ano, o que ocorreu foi que você teve o aumento da arrecadação em decorrência do perfil da atividade econômica - disse.

- Mudou o perfil da economia e isso criou o espaço fiscal adicional que acabou sendo, em parte, absorvido pela forma do aumento de gastos. Isso é natural.

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