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Brasília – Se for mesmo deixar o governo, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, deve confirmar os boatos sobre sua demissão somente depois de anunciado o Plano Aceleração do Crescimento (PAC). O ministro Guido Mantega deve tirar duas semanas de férias, a partir de hoje. Durante esse período, Appy ficará como ministro interino.

Na posse do presidente Lula, Mantega chegou a comentar que foi cumprida a meta de superávit primário e o setor público não financeiro fechou 2006 com uma economia para pagamento de juros da dívida "acima" dos 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB). Os números ainda não foram divulgados. Em meados de dezembro, o próprio Banco Central, responsável pela reunião das estatísticas fiscais globais da União, estados e municípios, apontava grandes chances de cumprimento da meta fiscal.

Até novembro, o setor público consolidado tinha o equivalente a 4,41% do PIB (R$ 91,5 bilhões) em superávit primário acumulado em 12 meses. E o BC apontava que, mesmo com déficit primário de até R$ 8 bilhões, no último mês do ano concentrado de gastos com pessoal, a meta seria cumprida. Os dados do BC indicavam ainda que, de janeiro a novembro de 2006, o setor público não-financeiro acumulava R$ 96,6 bilhões, ou 5,09% do PIB, em superávit primário.

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