As apreensões de produtos piratas pela Receita Federal somaram R$ 4 bilhões de 2004 a 2008. Apenas em 2007, o total chegou a R$ 1 bilhão. Os números foram divulgados nesta quinta (28) pelo Ministério da Justiça, durante o lançamento do Plano Nacional de Combate Pirataria. O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse que esse é um dos graves problemas que prejudicam a economia brasileira.
É grave pelas consequências, inclusive na cidadania. A pessoa que compra um produto pirateado está fora do sentimento de pertencimento da sociedade organizada, portanto estimulando o crime e a ilegalidade, disse.
O ministro chegou a comparar a compra de um produto pirata com a escolha de candidatos a cargos eletivos pela população. Temos sempre que lembrar que, por exemplo, os políticos, parlamentares o poder legislativo e as autoridades são criticados, mas foram eleitos pelo povo diretamente. Os cidadãos e cidadãs foram as urnas e, portanto, são responsáveis por suas escolhas. A mesma coisa ocorre com os produtos pirateados.
O secretário executivo do Ministério e Presidente do Conselho Nacional de Combate Pirataria (CNCP), Luiz Paulo Barreto, disse que os números da pirataria são gigantescos. Ele citou que todo os anos no Brasil perdem-se dois milhões de empregos por causa da pirataria e R$ 30 bilhões em impostos deixam de ser arrecadados.
Barreto informou que o conselho vai ajudar as prefeituras a elaborar um plano de combate pirataria. Vamos sentar com os prefeitos e fazer um projeto municipal. Isso será feito caso a caso, explicou.
Além do plano, foi lançada hoje a logomarca Brasil Original Compre essa idéia, que será colocada em produtos originais como tênis, camisetas, e eletrônicos para valorizar a indústria formal.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast