A educação financeira deve acompanhar a aplicação para crianças. Além de alertar os pais, o Banco Real promove gratuitamente um programa de educação financeira em escolas. "As respostas são surpreendentes", diz Eduardo Jurcevic, superintendente de investimentos, que confessa ter sido pego de surpresa com a observação de uma menina de 11 anos sobre a oscilação do preço de ações.
Escolas também elegem a educação financeira como prioridade. "Apesar de não termos a matéria no currículo, as noções são transmitidas todos os dias. Tentamos conscientizar os alunos sobre as prioridades de consumo. Na oitava série os alunos têm um projeto em que administram o dinheiro para uma viagem de fim de ano, com o auxílio de uma coordenadora", explica Yara amaral, diretora pedagógica da Escola Palmares.
Outro alerta fundamental para quem quer investir no futuro dos filhos é que não há um investimento ideal para todos: cada família deve estudar a melhor opção, de acordo com a renda, tipo de trabalho, objetivo e perfil. "É preciso saber bem se o investimento escolhido vai corresponder às expectativas, ao projeto da família", diz Marise Euclides Faigenblum, especialista em economia doméstica da prefeitura de Curitiba.
Segundo o professor Lucas Dezordi, da Unifae Business School, ações podem ser uma ótima opção para quem pode correr mais riscos, não vai precisar do dinheiro de repente e para os que querem diversificar. A tributação sobre uma carteira também é interessante já que incide só no resgate do capital. "O interessante é ter pelo menos 40% do investimento em ações, pela boa rentabilidade no longo prazo", diz.
Planos de previdência podem interessar para quem tem um objetivo bem definido do uso do dinheiro e quer aproveitar os benefícios tributários e fiscais que oferecem. E, finalmente, a caderneta de poupança pode interessar aos mais conservadores e aos que querem investir na educação financeira das crianças, já que alguns bancos oferecem cartões de débito com limite de mesada e acesso ao internetbanking. (ML)