Uma das maiores vantagens do programa de gestão por competências, muito visível ao funcionário, diz respeito à remuneração, que atrela o ganho da pessoa ao seu desenvolvimento profissional – que deve estar afinado às necessidades da empresa. Ou seja, ambas as partes ganham. De um lado o funcionário se sente mais motivado para adquirir conhecimento e melhorar seu trabalho, pois terá um retorno em seu salário. Do outro, a empresa consegue incentivar seu pessoal a se desenvolver e aumenta a qualidade do seu serviço, além da competitividade. Dessa forma os talentos também são retidos.

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A estratégia começa no mapeamento das funções, que dá origem a uma tabela com os níveis salariais dos cargos. De acordo com o nível de especialidade, há uma remuneração condizente, também baseada na realidade do mercado. Nas avaliações anuais, se o funcionário conseguir aumentar suas competências, ele ganha pontos e pode passar para outro nível de especialidade, que tem um salário maior. Assim, ele passa a receber mais.

O sistema também pode estar relacionado a um programa de metas, para as funções que o permitem. Desta maneira, um profissional que atinja pelo menos mais de 80% de suas metas consegue passar de nível se desenvolver suas competências. Caso contrário, deve haver uma revisão das metas, tendo em vista que o crescimento em competências, necessariamente, deve ser acompanhado do desempenho nas metas.

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Para o consultor e economista Ernesto Afini Neto, diretor da Quadricom, os sistemas salariais baseados na habilidade, especialmente os que consideram várias habilidades, encorajam os empregados a aprender e executar uma ampla variedade de tarefas, em lugar de executar apenas as tarefas listadas na descrição de seus cargos. "As empresas se beneficiam dessa maior flexibilidade, podendo transferir funcionários de uma função para outra em caso de absenteísmo, rotatividade e grandes defasagens de trabalho", acrescenta.