Os países árabes vêem com otimismo a possibilidade de aumentar seus negócios com a América do Sul, confirmou hoje à EFE, o primeiro subsecretário do Ministério de Comércio Exterior do Egito, Ashraf El Rabiey.
- O Egito prevê que em poucos meses sejam fechados negócios entre as duas regiões nos campos econômico, social e cultural - afirmou.
El Rabiey apontou que muito do que se pode acordar será decidido na primeira reunião de ministros ou representantes da economia das duas regiões realizada nesta terça-feira e amanhã em Quito.
Quinze países árabes e dez sul-americanos se reúnem na capital equatoriana para aprovar uma declaração que lhes permita fortalecer as relações entre as duas regiões.
- Esta reunião em Quito é uma maneira de firmar parcerias entre os dois povos e começar a estabelecer contatos com empresas e instituições estatais, interessadas em aumentar o intercâmbio entre as duas regiões - destacou El Rabiey, em sua primeira visita ao Equador.
El Rabiey disse ainda que depois da reunião de Quito serão abertas muitas possibilidades de acordos bilaterais entre os países das duas regiões, mas lamentou que o Egito só mantenha relações comerciais muito pequenas com Brasil e Argentina para o comércio de trigo e carne. Para ele, o leque de possibilidades entre os países árabes e sul-americanos é muito grande, e poderia gerar acordos de comércio, investimento, cooperação econômica, assim como em aspectos culturais, educativos e sanitários.
O representante do governo do Egito reiterou que no encontro de Quito não será possível que se assinem acordos muito específicos, porque se trata de uma aproximação dos governos dos países das duas regiões.
- O mais importante de tudo isto é que se tenha boa vontade para superar as dificuldades que possam aparecer no caminho, para que se possa empreender com muita determinação a possibilidade de negócios - apostou El Rabiey.