Em um investimento de US$ 150 milhões, a Arauco, indústria multinacional com sede no Chile, comprou metade das ações da Tafisa, produtora de painéis de madeira estabelecida na Espanha e, até então, controlada pelo grupo português Sonae. Com a operação, a Arauco assume o controle de 10 plantas indústriais, distribuídas entre Espanha, Portugal, Alemanha e África do Sul, com 3 mil empregados e 4,2 milhões de metros cúbicos de painéis produzidos.
Depois de concretizada a transação, a nova companhia passará a se chamar Sonae-Arauco e a empresa chilena torna-se a segunda maior produtora mundial de painéis, com produção próxima aos 9 milhões de metros cúbicos anuais.
A Sonae-Arauco vai operar duas plantas de painéis e uma serraria na Espanha; duas plantas de painéis e uma de resina em Portugal; quatro plantas de painéis na Alemanha e duas na África do Sul. Desta forma, a capacidade de produção da Sonae-Arauco seria de aproximadamente 460.000 m3 de OSB, 1,45 milhões de m3 de MDF, de 2,27 milhões de m3 de painéis particulados, e 100.000 m3 de madeira serrada.
De acordo com o vice-presidente executivo da Arauco, Matías Domeyko, a empresa pretende consolidar sua posição global. “Trata-se também de uma ótima oportunidade do ponto de vista da diversificação geográfica em mercados relevantes e com boas projeções”, disse. Para 2016, o plano da Arauco é ampliar a presença na Europa e África do Sul.
A empresa está finalizando ainda os planos de construção de uma nova planta de painéis no estado de Michigan, nos Estados Unidos, com capacidade de produção anual de 750.000 m3 de painéis de madeira, com início das obras no ano que vem.
Arauco no Brasil
A empresa chilena chegou ao Brasil em 2002, com a abertura de um escritório comercial. A primeira aquisição no país foi em 2005, com a compra da Placas do Paraná, fabricante de placas de aglomerado que acabava de entrar na produção de MDF, então controlada pelo grupo Louis Dreyfus.
Até 2010, a Arauco quintuplicou de tamanho no Brasil, em rodadas de aquisições estratégicas como os ativos florestais da Stora Enso em Arapoti, a Tafisa e o controle da Dynea do Brasil, entre outros negócios. Em seguida, passou a investir na ampliação de seu parque fabril, hoje formado pelas unidades de Jaguariaíva, Piên e Araucária.
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