A Aduana da Argentina, responsável por controlar os produtos que entram na Argentina, incluiu 120 produtos na lista dos itens que passarão a enfrentar barreiras mais rigorosas na importação. Segundo informações da BBC Brasil, entre os produtos brasileiros incluídos na lista estão itens do setores têxtil e eletrônico.
A Aduana, no entanto, negou oficialmente que a medida afete produtos brasileiros. De acordo com o órgão, o alvo das barreiras são produtos asiáticos, que tentam entrar no país com preços abaixo do mercado.
Nesta quinta (16), o secretário de Indústria da Argentina, Fernando Fraguío, disse que os argentinos devem se acostumar a consumir produtos fabricados no país. Durante a semana, Fraguío disse que deve adotar as chamadas licenças não automáticas, para as importações, o que aumenta a burocracia no desembarque, mas sem se referir a algum país especificamente.
Além disso, a presidente Cristina Kirchner disse, nos últimos dias, que o comércio do país deve continuar administrado e que vai adotar salvaguardas para proteger o emprego local.
Autoridades brasileiras e argentinas devem participar de uma reunião no dia 27 para discutir o impacto da crise internacional na região. Até lá, os dois países podem ter afinado ou não a postura frente crise internacional.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) informou que houve um contato do governo argentino antes de a medida ser tomada e que se espera que não haja um impacto grande no comércio bilateral.
Por meio de sua assessoria, o Mdic também ressaltou que o comércio bilateral é monitorado em reuniões mensais e que, caso haja algum fato agravante por conta das novas barreiras, isso será apresentado ao governo argentino e negociado.