A Câmara dos Deputados (formada por 257 parlamentares) da Argentina começa nesta quarta-feira (2) a discutir a proposta do governo de expropriar a petrolífera YPF, administrada pela espanhola Repsol. A previsão é que o projeto seja votado nesta quinta-feira (3). Líderes da maioria dos partidos sinalizaram que as legendas votarão a favor da proposta. Na semana passada, o Senado (formado por 72 parlamentares) aprovou o projeto.
De acordo com a base aliada do governo, a proposta conta com o apoio de 200 deputados, que representam os principais frentes políticas da Câmara, como a União Cívica Radical (UCR), a Frente Ampla Progressista (FAP), a Coalizão Cívica e a Frente Peronista.
No dia 16, a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, anunciou a decisão de expropriar 51% das ações da companhia petrolífera YPF. Segundo ela, a decisão foi tomada em defesa do interesse público e da soberania nacional de hidrocarbonetos da Argentina. A proposta recebeu apoio dos argentinos, mas foi criticada pela União Europeia.
O assunto ameaça as relações entre o bloco e a Argentina. Empresas espanholas anunciaram que pretendem suspender investimentos no país devido à expropriação da YPF.
Na mesma semana em que foi anunciada a expropriação, o ministro do Planejamento da Argentina, Julio de Vido, veio a Brasília para informar que é de interesse do governo argentino manter os investimentos da Petrobras e de empresas brasileiras no território argentino.
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