A Argentina está indo na contramão dos demais países da América Latina, que dão os primeiros passos no afrouxamento da política monetária para poderem retomar a atividade econômica. Os primeiros a reduzir os juros foram o Chile e o Brasil. E na sequência devem vir Peru, México e Colômbia.
Com uma inflação prevista para atingir mais de 160%, uma das mais elevadas do mundo, e uma expectativa de ver seu PIB encolher 3% neste ano, segundo projeções do Itaú, o país teve de aumentar suas taxas básicas de juro de 97% para 118% no mês passado.
O movimento acompanhou uma desvalorização de 22% do peso argentino frente ao dólar e coincidiu com a definição dos candidatos à presidência do país, em uma eleição que acontece em outubro.
A XP aponta que as principais economias de América Latina estão em movimentos similares de política monetária, apesar da atividade econômica estar se comportando de maneira diferente.
Mesmo com a política monetária restritiva, o crédito bancário às famílias acelerou no México e permaneceu estável no Brasil. A demanda parece estar enfraquecendo no Chile e na Colômbia.
“Apesar das diferenças no ímpeto da demanda, taxas de juros reais cada vez mais apertadas em meio a expectativas de inflação em queda permitirão que todas as economias afrouxem a política monetária em breve”, destacam, em relatório, os estrategistas Andres Pardo e Marco Oviedo e o economista Francisco Nobre.
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