O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua colega argentina, Cristina Kirchner, assinaram nesta segunda-feira (8) o acordo para que os dois países utilizem suas próprias moedas no comércio bilateral, eliminando o uso do dólar.

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Durante uma reunião em Brasília, os presidentes também acertaram um protocolo de intenções para construção da hidrelétrica binacional Garabí, no rio Uruguai, entre outras iniciativas.

"Damos um passo inicial a uma futura integração monetária regional", disse Lula durante almoço com a presidente argentina.

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O Banco Central informou em nota à imprensa que também firmou com a autoridade monetária da Argentina um convênio que define as regras de operação do Sistema de Pagamentos em Moeda Local.

Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o acordo entrará em vigor no início de outubro em caráter experimental. O sistema poderá ser estendido no futuro aos demais membros do Mercosul, acrescentou ele.

Pelo sistema, os importadores e exportadores de Argentina e Brasil poderão usar suas respectivas moedas nas operações comerciais.

"O aprofundamento do mercado real-peso, a redução de entraves nas transações comerciais entre os dois países e o acesso de pequenos e médios exportadores são os principais objetivos da iniciativa", acrescentou o BC.

"Com a eliminação de uma terceira moeda nas transações diretas entre as empresas, o exportador, ao fixar o preço da exportação na moeda de seu país, deixará de ficar exposto a variações nas taxas de câmbio e terá a certeza de que receberá exatamente o valor negociado na sua moeda."

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Inicialmente, o sistema poderá ser usado para operações de prazo de até 360 dias.

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