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A comissão de monitoramento do comércio bilateral Argentina-Brasil se reúne nos dias 8 e 9 de setembro, logo após a visita, como convidada de honra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que a presidente Cristina Kirchner fará ao Brasil. O secretário Executivo do Ministério de Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior (MIDC), Ivan Ramalho, explicou que na ocasião será realizada também a primeira reunião do comitê de monitoramento do acordo automotivo comum, assinado há pouco mais de um mês e com prazo de validade de seis anos.

"Agora discutimos com os setores privados e público, e com as aduanas, mecanismos para facilitar o trânsito de automóveis, peças e componentes entre as duas fronteiras, e na próxima reunião vamos nos aprofundar nessa discussão", disse. Ele lembrou que a corrente de comércio bilateral "está crescendo bem dos dois lados, e já atingiu US$ 14,8 bilhões no primeiro semestre, o que confirma nossas projeções iniciais de atingir US$ 30 bilhões de fluxo de comércio nesse ano".

O setor automotivo, incluindo peças e componentes, hoje responde por 40% do comércio, destacou o secretário. Ele disse ainda que, desse comércio de US$ 30 bilhões, aproximadamente US$ 12 bilhões serão no setor automotivo. "Há um trânsito muito grande de veículos, autopeças e componentes e precisamos de estatísticas harmônicas para acompanhá-lo", disse explicando os motivos da preocupação para que as aduanas facilitem o trânsito.

No caso da Argentina, quanto mais automóveis vende para o Brasil, mais aumenta o seu déficit comercial no que diz respeito à importação de autopeças. Por isso, ambos os governos querem estimular investimentos brasileiros no setor na Argentina. O governo de Cristina Kirchner já baixou um decreto, há cerca de dois meses, que prevê benefícios para as empresas que produzirem no país. Fonte do setor revelou que duas empresas brasileiras já estão com projeto em andamento para abrir fábricas na província de Córdoba. "Com o acordo de prazo de seis anos, esperamos novos investimentos no setor e o fluxo deve crescer muito mais", afirmou Ramalho. Ele recordou que os "investimentos, isolados ou em associação com empresários argentinos, poderão ser financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)".

A comissão discutiu hoje, em Buenos Aires, o aumento das exportações de vinho argentino para o mercado brasileiro e a proposta do setor vitivinícola do Brasil de elevar o preço dos vinhos populares da Argentina para não prejudicar a indústria nacional.

"Esse assunto foi tratado só no sentido de estimular os setores privados para que se reúnam e busquem uma solução de consenso para solucionar essa preocupação da indústria brasileira", afirmou Ramalho em entrevista coletiva à imprensa, após a reunião.

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