O ministro de Energia e Mineração argentino, Juan José Aranguren, calcula que o governo economizará US$ 4 bilhões por ano com o fim dos subsídios nas contas de luz. Após 12 anos de tarifas praticamente congeladas, as novas regras para a cobrança da fatura de energia começam nesta segunda-feira (01), e estima-se que o aumento seja superior a 500% para a maioria dos argentinos.
Com o fim dos subsídios que faziam da energia na Argentina uma das mais baratas da região, o usuário médio passará a pagar contas de 158 pesos (R$ 45,50), contra os 26 pesos (R$ 7,50) cobrados até agora, um aumento de 507%. O aumento virá a partir das faturas de março. Mas 900 mil domicílios da região metropolitana de Buenos Aires terão direito a uma tarifa social.
A medida publicada no Boletim Oficial - o diário oficial do país - não esclareceu como os reajustes serão feitos, mas o ministro de Energia e Mineração tentou esclarecer dúvidas em entrevista na sexta-feira. Para Aranguren, o ajuste permitirá “começar a gerar condições para remunerar a geração (de energia) e melhorar a qualidade” do serviço. Segundo ele, o sistema está “à beira de um colapso” em razão das políticas adotadas nos últimos anos.
“Os subsídios chegaram a representar dois pontos do Produto Interno Bruto. Com a nova política, a economia será de US$ 4 bilhões anuais. A medida está sendo tomada em meio a uma forte necessidade de se reduzir o déficit fiscal”, disse.