A agência fiscal argentina tornou a compra de dólares mais exclusiva no país: só os que ganham 8.800 pesos (R$ 2.344) estão autorizados. O limite mínimo anterior era de 7.200 (R$ 1.918). Mesmo os que estão autorizados a comprar a moeda estrangeira têm limites: só 20% da renda, com teto mensal de US$ 200.

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O fisco baixou a medida depois de um recorde de compra de dólares para economia: nos primeiros dias de setembro, os argentinos compraram US$ 146,8 milhões, mais do que o mês de maio inteiro (US$ 140 milhões). Um dos motivos pelos quais os argentinos buscam dólares é para fugir da inflação, estimada em cerca de 30% ao ano.

O problema é que o país tem poucas reservas (US$ 28,3 milhões) e não se endivida no exterior desde o calote de 2001. Para comparar, o Brasil tem US$ 378 bilhões de reservas (13 mil vezes o valor das reservas argentinas).

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A falta de dólares na Argentina afeta as importações e a produção industrial que precisa de itens importados, como a automobilística.

Paralelo

No país, a diferença entre a cotação do dólar paralelo (chamado de "blue") e o oficial é de 67%. No mercado ilegal, ele vale 14,05 pesos, e nos bancos, 8,42.Na sexta (5), a guarda nacional fez uma operação nas casas de dólar ilegal (chamadas de "cuevas"), e elas não funcionaram. No sábado (6), houve um forte movimento nas "cuevas" que abriram.