O governo da Argentina estendeu, nesta quarta-feira, acordos de congelamento de preços feitos com atacadistas de alimentos e bebidas até dezembro de 2007. O anúncio foi feito um dia após uma negociação similar com grandes supermercados, para combater a inflação.
Os acordos iriam expirar no final deste ano, mas o governo quer controlar a alta dos preços também em 2007. Em sua proposta orçamentária para o ano que vem, o governo prevê inflação de 9,6% em 2006 e 7% em 2007.
O combate à inflação tornou-se uma das prioridades do presidente Néstor Kirchner após os preços ao consumidor saltarem inesperados 12,3% em 2005, uma das maiores taxas da América Latina.
Os custos de alimentos e bebidas pesaram fortemente sobre os índices de inflação e ajudaram a elevar a taxa de semtembro para 0,9%, dado que superou a previsão de analistas.
Mesmo os analistas que questionaram a sensatez dos acordos de preços admitiram que ajudaram a conter a inflação neste ano. O mercado reduziu sua previsão para a inflação em 2006 para cerca de 10%, ante 15% no início deste ano.
Os preços ao consumidor subiram 7,1% de janeiro a setembro, enquanto no atacado a alta foi de 6,4%.
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