O governo da Argentina fez nesta sexta-feira (5) a primeira oferta formal para quitar parte da dívida, mas quatro dos seis chamados fundos abutres não aceitaram.
Em negociação em Nova York, o governo de Mauricio Macri sugeriu o pagamento de aproximadamente US$ 6,5 bilhões do total de US$ 9 bilhões da dívida, o que equivale a um deságio de 25%.
A proposta está sujeita à aprovação do Congresso argentino e à revisão da liminar da Justiça americana.
O diálogo entre as partes estava congelado desde meados de 2014, quando a então presidente Cristina Kirchner se recusou a acatar a decisão da Justiça americana, que deu ganho de causa aos fundos.
Eles cobram parte da dívida argentina que entrou em moratória em 2001. A maioria dos credores (92%) aceitou renegociar e perdoar parte dos juros devidos pelo país. Mas esses investidores não concordaram e seguiram questionando o país na Justiça até 2014, quando venceram.
A recusa em pagar levou a Argentina a uma segunda moratória, dessa vez técnica, o que baniu o país do mercado internacional de crédito.
O mediador destacado pela Justiça dos EUA, Daniel Pollack, disse que houve “enorme progresso”.
“Falei pessoalmente por telefone com o presidente Maurio Macri e com o ministro da Economia, Alfonso Prat-Gay. Os dois dão apoio sólido à proposta”, disse, em nota.
O secretário de Finanças, Luis Caputo, toca pessoalmente as negociações no escritório de Pollack, em Nova York.
Do lado dos fundos, os representantes “trabalharam diligentemente para resolver as diferenças”, disse o mediador. Dois assinaram termo com a Argentina. Quatro ainda precisam chegar a um acordo.
“Tenho firme esperança de que, com a continuação das negociações, será possível resolver as diferenças.”
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