O governo argentino não deverá aceitar a proposta de livre-comércio com o Brasil no setor automotivo, de acordo com informações do jornal “La Nación”.
A Anfavea (associação das montadoras instaladas no Brasil) informou, na semana passada, que havia sugerido à Adefa (entidade que representa o setor na Argentina) a liberação total do comércio entre os países. A intenção era fechar uma proposta para apresentar aos governos.
O tratado ajudaria a indústria brasileira, que sofre com a recessão e registrou queda de 38,8% nas vendas em janeiro de 2016 na comparação com o mesmo mês do ano passado. O número de funcionários recuou 10,2% no mesmo período.
A Argentina, no entanto, teme uma invasão de produtos brasileiros, que ganharam competitividade em 2015 com a desvalorização do real. A intenção do governo é proteger as empresas instaladas no país e os empregos.
Hoje, os países têm um acordo limitado de isenção de impostos. Para cada US$ 1,5 em peças e carros vendidos para a Argentina, o Brasil precisa comprar US$ 1. Esse tratado, no entanto, vencerá em 30 de junho.
As regras que entrarão em vigor a partir de julho deverão ser discutidas na próxima semana em Buenos Aires em um encontro entre o ministro brasileiro de Desenvolvimento, Armando Monteiro, e seu parceiro argentino, Francisco Cabrera.
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